A justiça francesa investiga se um ex-presidente da Assembleia Nacional tentou obter do governo vantagens fiscais para o Paris Saint-Germain quando o clube contratou Neymar em 2017, informaram à AFP fontes próximas ao caso, confirmando uma informação do jornal Libération.

Em um relatório enviado em 21 de novembro a um magistrado de instrução, ao qual a AFP teve acesso nesta quarta-feira (3), os investigadores se perguntam sobre um possível caso de "tráfico de influência" que envolveria Hugues Renson, ex-deputado do partido do presidente Emmanuel Macron e ex-vice-presidente da Assembleia Nacional Francesa.

O relatório é resultado de trocas de mensagens ao longo de dez anos encontradas no telefone do ex-diretor de comunicação do PSG Jean-Martial Ribes, que teria "solicitado de maneira inequívoca" os serviços de Renson, deputado por Paris (2017-2022) e que também foi conselheiro do ex-presidente francês Jacques Chirac.

Em troca, Renson, que agora trabalha para a companhia de energia elétrica EDF, "se beneficiou de inúmeros ingressos para jogos" do PSG, além de outras vantagens, durante o período em que foi deputado.

Fontes próximas ao caso garantiram que a investigação sobre as condições de fiscalização da cláusula de Neymar está em sua fase inicial.

Nenhuma das partes citadas respondeu aos contatos da AFP.