O Brasil sofreu mais uma derrota, desta vez contra Senegal (4-2) nesta terça-feira, em Lisboa, no último amistoso antes do início das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026. 

A Seleção saiu na frente com um gol de Lucas Paquetá (10'), mas os africanos viraram por meio de Habib Diallo (21'), Marquinhos contra (51') e dois gols de Sadio Mané (54' e 90+7', de pênalti). 

O mesmo Marquinhos chegou a diminuir para 3 a 2 aos 57 minutos, no jogo que foi disputado no estádio José Alvalade, na capital portuguesa. 

O Brasil, que atualmente é comandado pelo técnico interino Ramon Menezes e negocia com Carlo Ancelotti, volta a jogar em setembro, contra Bolívia e Peru, no início das Eliminatórias Sul-Americanas.

Para estes duelos, é possível que Ramon continue como interino, já que o treinador italiano, caso seja contratado, só poderá assumir no próximo ano, quando seu contrato com o Real Madrid se encerra. 

Também em setembro, o Senegal enfrentará Ruanda para fechar a fase de classificação para a Copa Africana de Nações, onde já está garantida. 

Equilíbrio no primeiro tempo

Diante do campeão africano de 2021, o Brasil teve uma medida mais realista de seu atual nível, depois de vencer a Guiné, seleção que nunca disputou uma Copa do Mundo, por 4 a 1 no sábado, em Barcelona. 

Sem Neymar, afastado desde fevereiro devido a uma lesão no tornozelo direito, e o capitão Casemiro, desfalque de última hora, com dores no joelho esquerdo, a responsabilidade recaiu principalmente sobre Richarlison, Vinícius Júnior e Paquetá, que tiveram atuações apagadas. 

Mas houve lampejos. Como nos velhos tempos de Flamengo, Vini e Paquetá tabelaram no início do jogo, o atacante do Real Madrid cruzou da direita, após um bom chute cruzado de Bruno Guimarães, reserva de Casemiro. Paquetá, perto da marca do pênalti, se levantou para cabecear e encobriu o goleiro Mory Diaw. 

Os 'Leões' não se abalaram e provaram que a defesa brasileira tinha brechas pelas laterais e pelas costas dos zagueiros. 

Na primeira chance clara, Habib Diallo alertou que o forte dos africanos, que foram eliminados pela Inglaterra nas oitavas de final do Mundial do Catar-2022, era a eficiência. 

O atacante do Racing Strasbourg aproveitou uma bola mal afastada por Joelinton, em um escanteio, e fuzilou o goleiro Ederson com um chute de primeira de pé esquerdo.

Mané brilha

O técnico do Senegal, Aliou Cissé, manteve Ismaila Sarr, Mané e Diallo para o segundo tempo e o trio de ataque respondeu encaminhando a vitória em três minutos. 

Sarr, primeiro, forçou o gol contra de Marquinhos com um cruzamento perigoso, e Mané, em uma demonstração de talento, superou Ederson com um golaço. Ele chutou colocado da esquerda mandando a bola no ângulo do goleiro. 

O Brasil respondeu rápido. Após um escanteio cobrado por Bruno Guimarães e um impasse na área senegalesa, Marquinhos se redimiu ao tocar na bola, que foi parar lentamente nas redes de Diaw. 

Ramon colocou Pedro, Rony e Raphael Veiga para tentar o empate, mas a defesa africana resistiu. 

O Brasil somou a segunda derrota em três partidas disputadas após a derrota no Catar. A seleção havia perdido por 2 a 1 para o Marrocos, em março. 

E esta foi a primeira vez que sofreu quatro gols desde a histórica goleada por 7 a 1 para a Alemanha nas semifinais da Copa do Mundo de 2014. 

"Temos jogadores novos, mudanças no sistema, é um momento muito especial, então temos que ter cuidado com a avaliação" do nosso desempenho, disse Danilo ao canal SporTV. 

O Brasil agora se concentra no início da trajetória rumo à Copa do Mundo de 2026.