Una televisión informa sobre la decisión del multimillonario ruso Roman Abramovich de vender el equipo inglés Chelsea, el 2 de marzo de 2022 en Luton

Roman Abramovich, proprietário do Chelsea FC, foi incluído, nesta quinta-feira, na lista dos multimilionários russos sancionados pelo governo britânico devido à invasão da Ucrânia, o que o impede de vender o clube campeão da Europa que, no entanto, poderá seguir jogando. 

Estas sanções, que o Reino Unido já aplicou a mais de 200 pessoas e entidades por seus vínculos com o presidente russo Vladimir Putin, compreendem a congelação de bens, a proibição de realizar transações com particulares e empresas britânicas e a impossibilidade de viajar ao país 

"Os oligarcas e os cleptocratas não possuem lugar em nossa economia e nem em nossa sociedade", afirmou a Ministra de Relações Exteriores, Liz Truss. 

"Com seus estreitos vínculos com Putin, são cúmplices de sua agressão", acrescentou, ao anunciar uma nova lista de sete sancionados que além de Abramovich inclui seu ex-sócio comercial Oleg Deripaska, o diretor geral da Rosneft, Ígor Sechin, e o chefe da Gazprom (estatal russa de petróleo), Alexéi Miller. 

Completam a lista os diretores do banco VTB, Andrei Kostin, da empresa de distribuição de hidrocarbonetos Transneft, Nikolai Tokarev, e do Banco Rossiya, Dmitri Lebedev.

"Em vista do importante impacto que as sanções de hoje teriam no Chelsea Football Club e as possíveis repercussões", o executivo de Boris Johnson publicou, ao mesmo tempo, "uma licença para permitir que uma série de atividades relacionadas ao futebol continuem" no clube.  

Dessa maneira, o Chelsea, terceiro colocado da Premier League atrás de Manchester City e Liverpool, poderá seguir disputando partidas, pagar os salários de seus empregados - jogadores e treinadores incluídos -, os impostos e dívidas relacionadas com sua manutenção, os custos de viagem e as transferências de jogadores previamente acordadas. 

A licença, no entanto, não inclui a venda de novos ingressos nem transferências de jogadores pelo clube que em 2021 conquistou a sua segunda Liga dos Campeões da Europa.

Denunciando as restrições a suas operações diárias como bastante duras, o clube pediu para iniciar conversas com o governo britânico buscando  que modifique a licença para poder "operar com a maior normalidade possível".

No momento, disse a Premier League, sua partida contra o Norwich City deverá ser disputada como previsto nesta quinta à noite.

- Fortuna de 12 bilhões e 300 milhões de dólares -

O executivo britânico mensurou em 9 bilhões e 400 milhões de libras (63 bilhões de reais) a fortuna de Abramovich, que possui uma mansão de 15 quartos em um luxuoso bairro de Londres, meia dúzia de iates - o maior deles de 162 metros de comprimento - e é o principal acionista da gigante do aço Evraz.

As ações do grupo caíram 12% na bolsa de Londres nesta quinta antes de sua cotização ser suspendida para "proteger os investidores à espera de esclarecimentos sobre o impacto das sanções.

Para forjar sua fortuna nos hidrocarbonetos, em 2005, Abramovich vendeu sua participação de 73% na petroleira russa Sibneft ao gigante estatal do gás Gazprom por 9 bilhões e 870 milhões de libras, segundo o governo britânico. 

E "é um dos poucos oligarcas da década de 90 que mantém proeminência sob o mandato de Putin", acrescentou, sublinhando que "nenhum dos nossos aliados havia sancionado ainda Abramovich"

Temendo ver-se incluído na lista de afetados pelas sanções britânicas, Abramovich havia anunciado, na semana passada, que estava pondo a venda o célebre clube do oeste de Londres, do qual é proprietário há 19 anos. 

"A venda do clube não ocorrerá de maneira precipitada e seguirá seu curso normal", havia assegurado sobre a equipe que comprou em 2003 por 140 milhões de libras e esperava vender por 3 bilhões depois de ter realizado enormes investimentos.

Garantiu que não pedirá reembolso aos empréstimos que concedeu ao clube, estimados em 1,5 bilhão de libras, e que o "lucro líquido" de sua venda seria destinado a "todas as vítimas da guerra na Ucrânia". 

Segundo a imprensa britânica, um consórcio dirigido por um homem de negócios americano, Todd Boehly, - coproprietário do clube de beisebol Dodgers de Los Angeles - e pelo milionário suíço Hansjorg Wyss - fundador da empresa de material médico Synthes - já formulou uma oferta.

Segundo o Final Times, outro milionário americano, Josh Harris, também contemplava apresentar uma oferta. O milionário turco Mushin Bayrak também expressou interesse.