UEFA proíbe Belarus de sediar partidas europeias

Equipes de futebol de Belarus, assim como a seleção nacional, terão de disputar suas partidas europeias em um estádio neutro - anunciou a Uefa nesta quinta-feira (3), três dias após excluir equipes russas de suas competições em represália pela invasão da Ucrânia por parte de Moscou e com apoio de Minsk.

"O Comitê Executivo da UEFA decidiu que todos os clubes e seleções de Belarus inscritos nas competições da UEFA serão obrigados a jogar suas partidas como locais, em estádios neutros, com efeito imediato. Além disso, nenhum torcedor poderá assistir a esses jogos", escreveu a instituição europeia de futebol em um comunicado.

Esta sanção complementa a que foi anunciada na segunda-feira (28) pela Uefa e pela Fifa sobre a seleção russa, excluída do Mundial Catar-2022, e sobre as equipes russas, suspensas das competições europeias. É o caso, por exemplo, do Spartak Moscou, excluído da Liga Europa.

Neste tema, Fifa e a Uefa seguiram a posição do Comitê Olímpico Internacional (COI), que recomendou "não convidar" atletas e equipes russas e bielorrussas para as competições internacionais europeias.

Enquanto a decisão de segunda-feira se concentrou nas equipes russas, a Uefa esperou até uma nova reunião de seu Comitê Executivo, nesta quinta, para resolver a situação das equipes bielorrussas.

Nenhum time de Belarus se classificou nesta temporada em nenhuma das três principais competições masculinas da Uefa - Liga dos Campeões, Liga Europa e Liga Conferência Europa.

A seleção bielorrussa (94ª na classificação da Fifa) tem em seu programa dois amistosos fora de casa em março, na Índia e no Bahrein. Como local, deve receber o Azerbaijão pela Liga das Nações, em 6 de junho, quatro dias antes de voltar a jogar como local contra Moldávia, ou Cazaquistão.

Questionado nesta quinta-feira durante um fórum dedicado ao futebol e organizado em Londres pelo jornal "Financial Times", o presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, disse não saber quando a Rússia e as equipes russas serão reintegradas às competições europeias.

"No momento é impossível dizer", avaliou. 

"Nossa decisão, tomada neste momento, foi a única boa decisão, uma decisão unânime por parte dos membros do comitê executivo da Uefa. O que vai acontecer amanhã, ninguém sabe, não posso lhes dar uma resposta. Por enquanto, continua assim, e esperamos paz. (...) Esta loucura deve parar o mais rápido possível", completou.