Jogadores de vôlei russos Artem Volvich, Dmitry Volkov e Ivan Iakovlev recebem medalha de prata dos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 8 de agosto de 2021

Depois do apelo lançado na segunda-feira (28) pelo Comitê Olímpico Internacional pela exclusão de atletas russos e bielorrussos do eventos internacionais, a chuva de sanções, incluindo perdas de patrocínio, continuou nesta terça (1º).

A World Athletics excluiu esportistas de ambos os países de todas as suas competições, a organização do Mundial de Vôlei foi retirada da Rússia, e seus patinadores não poderão competir "até nova ordem", entre outras más notícias do dia.

O gigante mundial de equipamentos esportivos Adidas anunciou, nesta terça-feira (1º), a suspensão de seu patrocínio à Federação Russa de Futebol, devido à invasão da Ucrânia - disse um porta-voz. 

"A Adidas suspende, com efeito imediato, seu patrocínio à Federação Russa de Futebol", declarou a empresa, que em 2020 registrou 2,9% de seu faturamento na região de Rússia, Ucrânia e países da extinta União Soviética.

Ontem, a Uefa já havia rescindido seu contrato com o gigante russo do setor energético Gazprom, estimado em 40 milhões de euros. Este patrocínio cobria a Liga dos Campeões, as competições internacionais organizadas pela Uefa e a Euro-2024.

Também na terça, foi anunciado um outro duro golpe para o futebol russo, após a decisão da Fifa de excluir a seleção nacional do Mundial do Catar-2022. 

Os contratos de patrocinadores e empresas de equipamentos esportivos também foram interrompidos em outros esportes, como o ciclismo.

Hoje, a fabricante de bicicletas LOOK decidiu encerrar seu patrocínio à equipe russa Gazprom-RusVelo, membro da UCI Pro Team, segunda divisão do ciclismo de estrada masculino. O contrato foi assinado no início do ano.

Também nesta terça, a World Athletics anunciou que russos e bielorrussos serão excluídos de todas as competições deste esporte, "com efeito imediato". A federação internacional de atletismo segue, assim, a recomendação do Comitê Olímpico Internacional (COI). Isso significa que nenhum russo poderá do Mundial em Belgrado, de 18 a 20 de março, nem do Mundial de Eugene, nos Estados Unidos, em julho.

Depois de um longo silêncio, a Federação Internacional de Voleibol (FIVB) anunciou que confiará a outro país a organização de seu Mundial, previsto para agosto e setembro. A cobrança por uma reação aumentou sobre a FIVB depois que França e Polônia, campeãs olímpica e mundial, respectivamente, anunciaram um boicote à competição, se o local não fosse alterado.

Os patinadores russos, que conquistaram seis medalhas olímpicas nos Jogos de Pequim, incluindo duas de ouro, não poderão mais competir. A decisão tem "efeito imediato" e será mantida "até nova ordem", conforme a União Internacional de Patinação (ISU, na sigla em inglês), que também regula a patinação de velocidade e de pista curta.

A lista de exclusões inclui, entre outros, badminton, esqui, rúgbi e hóquei no gelo. Não haverá mais lutas de boxe em um país que já havia sido privado de seu Grande Prêmio de Fórmula 1 em Sochi e da final da Liga dos Campeões, dois eventos de alcance mundial. 

A Federação Internacional de Natação (FINA), que já havia cancelado todas as competições em solo russo, seguiu as recomendações do COI de maneira menos radical: os russos poderão continuar a competir individualmente, mas, sob nenhuma hipótese, sob as bandeiras russa, ou bielorrussa. 

O tênis é outra disciplina na qual os russos são uma potência mundial. Os torneios da WTA e da ATP em Indian Wells, na Califórnia, estão se aproximando, e os organizadores ainda não tomaram uma decisão.