Depois de terem estreado no último fim de semana em seus respectivos campeonatos, Manchester City e Sevilla se enfrentam agora em Atenas, onde os dois vencedores das últimas edições da Liga dos Campeões e da Liga Europa jogam nesta quarta-feira (15) às 16h00 (horário de Brasília) pela Supercopa da Europa, troféu que Pep Guardiola conhece bem.

O poderoso time inglês, que se sagrou campeão europeu pela primeira vez em junho, em Istambul, chega ao Pireu, cidade portuária vizinha à capital grega, para desafiar a equipe espanhola, mais modesta, mas especialista em surpreender nos torneios europeus.

Apesar de uma temporada muito difícil, marcada por um decepcionante 12º lugar em LaLiga, os sevilhanos conseguiram erguer a sua sétima Liga Europa, um recorde na competição.

O veterano capitão Jesús Navas, de 37 anos e ex-jogador do City, liderou sua equipe em uma campanha em que eliminou Manchester United e Juventus no caminho para a final, na qual derrotou a Roma de José Mourinho.

O clube andaluz sonha estragar a festa de um grande europeu, apostando em seu goleiro marroquino Yassine Bono, o experiente Ivan Rakitic, os explosivos mas irregulares Lucas Ocampos e Erik Lamela e a sua principal ameaça ofensiva, Youssef En-Nesyri.

De Bruyne, desfalque importante

O time espanhol terá pela frente o City, pronto para voltar a lutar por todas as competições nacionais e europeias mas, desta vez, sem o seu meia-ofensivo Kevin de Bruyne, lesionado na última sexta-feira na estreia na Premier League contra o Burnley (3-0).

"É uma lesão séria", disse o técnico 'Citizen', Pep Guardiola. "Temos que decidir se vai precisar operar ou não. Se for operado, acho que ficará afastado por um período de três a quatro meses", acrescentou.

Mesmo sem Ruben Dias e Bernardo Silva, também indisponíveis para esta partida, o elenco do City continua formidável, graças aos reforços croatas Josko Gvadiol e Mateo Kovacic, ao eficiente Julián Álvarez e ao líder no ataque, Erling Haaland. 

Nos bancos haverá um duelo 100% espanhol entre Pep Guardiola, treinador dos Citizens desde 2016, e José Luis Mendilibar, que transformou o moribundo Sevilla de Jorge Sampaoli a partir de março, quando assumiu.

"Quando você vê um time do Mendilibar jogar, pode reconhecer sua influência", diz Guardiola. "Eles avançam rápido, passam rapidamente para as laterais, fazem muitos cruzamentos, entram na área adversária com facilidade e são agressivos e chegam imediatamente na bola".

O treinador catalão se mostra cauteloso com o Sevilla, que estreou com uma derrota no campeonato espanhol (2-1 contra o Valencia) mas que terá em mente continuar a conquista de mais um troféu, superando as expectativas. 

Para Guardiola, a visita ao estádio Karaiskakis, no Pireu, é a chance de atingir uma marca. Em caso de vitória e depois dos títulos em 2009 e 2011 com o Barcelona e em 2013 com o Bayern de Munique, poderá alcançar o italiano Carlo Ancelotti como o treinador com mais Supercopas europeias.

"É uma partida que não tem nada a ver com todas as que já disputei contra Guardiola, eu em algumas equipes e ele em outras. Não havíamos disputado nenhuma final até agora, estamos aqui, podemos vencê-los, temos essa esperança", afirmou o basco Mendilibar.