Um amigo e assessor do atacante Vinícius Júnior denunciou ter sido vítima de um ato racista antes do amistoso entre Brasil e Guiné, disputado neste sábado (18) em Barcelona, informaram o jogador e a CBF.

"Enquanto eu jogava com a já história camisa preta e me emocionava, meu amigo foi humilhado e ironizado na entrada do estádio. O tratamento foi triste, em todos os momentos duvidaram da cena surreal que aconteceu. Os bastidores são nojentos", escreveu Vini Jr em sua conta no Twitter.

Felipe Silveira, um homem negro de 27 anos, foi vítima de um ato de discriminação durante a revista realizada por um segurança em um portão de entrada do estádio Cornellà-El Prat, onde a Seleção Brasileira venceu Guiné por 4 a 1, com um gol do atacante do Real Madrid.

"Mãos para cima, essa daqui é minha pistola para você", teria dito o segurança ao tirar uma banana do bolso e apontar para Felipe, segundo a denúncia divulgada pelo portal ge.

Felipe e outros três membros do staff de Vinícius Júnior chamaram a polícia após o episódio, acrescenta o ge.

Em imagens transmitidas pelo canal SporTV, é possível ver a discussão entre os amigos do jogador e a equipe de segurança do estádio.

"Onde estão as imagens das câmeras de segurança?", perguntou Vini Jr no Twitter.

Por sua vez, a CBF afirmou que tomou medidas desde tomou conhecimento da denúncia e pediu à polícia e aos organizadores do amistoso que "dessem todo o apoio e amparo a mais uma vítima de racismo, um crime que precisa ser combatido de forma veemente e sem descanso".

"Hoje, mais uma vez, outro criminoso foi exposto publicamente", disse em comunicado o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues.

O segurança apontado por Felipe e a empresa responsável pelo dispositivo desdobrado pelo estádio negaram as acusações, segundo o ge e o UOL Esporte.

O episódio de racismo acontece justamente em um jogo marcado por atos antirracistas, após as reiteradas ofensas que Vinícius Júnior vem sofrendo na Espanha.