O meio-campista argentino Rodrigo De Paul considerou nesta sexta-feira, véspera do duelo contra a Austrália pelas oitavas de final da Copa do Mundo, que a derrota na estreia contra a Arábia Saudita teve até um efeito "positivo" e serviu para unir o elenco. 

A Argentina perdeu por 2 a 1 de virada para a Arábia Saudita e ficou em uma situação complicada no Grupo C, mas reagiu e terminou em primeiro lugar graças às vitórias posteriores por 2 a 0 sobre México e Polônia.

"Foi extremamente positiva (a derrota na estreia). Nos encontramos em uma situação a que não estávamos acostumados, não perdíamos havia muito tempo. Em momentos como esses vemos um pouco da fibra, o tipo de grupo que somos. Era um momento para levantarmos um ao outro, para entender que se tratava de uma situação particular", comentou em coletiva de imprensa quando questionado sobre o impacto daquela primeira derrota.

"Não é uma Copa do Mundo fácil. Alemanha e Bélgica ficaram de fora, a Espanha também teve um momento difícil. Terminamos como líderes do grupo e temos que dar muito valor a isso. Obviamente foram dias difíceis e vendo isso hoje acho que foi positivo ", acrescentou.

De Paul reconheceu que a pressão de jogar uma Copa do Mundo com a Argentina o impediu de desfrutar da primeira fase da competição. 

"No começo não gostei, foi difícil para mim, principalmente por causa daquele golpe que sofremos (a derrota na estreia). Nem contra o México porque o time tinha que vencer. Contra a Polônia, um pouco. Só ontem foi o primeiro dia que pude aproveitar, que vi as partidas tranquilo", disse. 

"Estava com os meninos tomando chimarrão e vimos a família. Estou curtindo do meu jeito. Mais frio, com certeza vou dar muito mais valor. A vida são momentos e vou levar muitos momentos daqui. Hoje é tanta a responsabilidade, vontade de dar alegria aos argentinos, o que não nos permite aproveitar plenamente", afirmou. 

A Austrália se apresenta como o time franco-atirador, embora De Paul espere um jogo muito físico e nada fácil. 

"É uma equipe muito rápida, que aposta muito nos jogadores por fora. Gente alta, zagueiros altos, não temos que fazer falta perto da área. Temos que ficar atentos. Eles têm atacantes extremamente rápidos, é a carta que eles têm, saindo no contra-ataque. Temos que ficar muito atentos nessa parte do campo para não ficarmos numa situação complicada", analisou o jogador do Atlético de Madrid.