Numa partida com emoção até os minutos finais da prorrogação, o Porto eliminou a Juventus em Turim (Itália) e avançou às quartas de final da Liga dos Campeões, apesar de ter perdido por 3 a 2, nesta terça-feira.
Graças à vitória no jogo de ida as oitavas por 2 a 1, em Portugal, e ao critério de gols marcados na casa do adversário, a equipe portuguesa segue no torneio continental.
Para engrandecer o feito, no duelo desta terça, os visitantes jogaram cerca de 75 minutos com um a menos, por conta da expulsão do atacante iraniano Taremi, e viram o volante Sérgio Oliveira assumir o protagonismo do confronto ao marcar os dois gols no estádio da Juve que garantiram a passagem para a próxima fase da competição.
Quem também brilhou do lado português foram o goleiro argentino Marchesín, coroando sua atuação com uma bela defesa no último minuto dos acréscimos da prorrogação, e o zagueiro brasileiro naturalizado português Pepe, um monstro na defesa.
No elenco italiano, o destaque foi o meia Chiesa, que fez dois gols, enquanto o atacante português Cristiano Ronaldo, não teve um dia feliz e pouco produziu em campo, algo incomum nesta temporada.
- Partida eletrizante -
O confronto já começou em alta voltagem, com o Porto ameaçando o gol adversário logo aos 2 minutos, num chute do volante Uribe que saiu rente à trave direita italiana.
E a resposta da Velha Senhora foi imediata. Aos 3, Cuadrado cruzou e o atacante Morata subiu sozinho para cabecear, obrigando Marchesín a fazer a primeira das suas muitas defesas difíceis do dia.
Depois de duas tentativas, com a dupla de ataque Marega e Taremi, que acertou o travessão, o clube da cidade do Porto finalmente abriu o placar, em pênalti cobrado por Sérgio Oliveira, aos 19, marcado após Marega ser derrubado na área italiana.
A partida seguiu com os dois times se alternando nas ações ofensivas, mas chegou ao intervalo com o 1 a 0 no marcador e com Cristiano Ronaldo sumido até então.
Na etapa seguinte, a Juventus manteve a pressão e alcançou logo o empate, quando Bonucci lançou para o atacante português, que ajeitou para Chiesa completar de primeira, aos 49, batendo o goleiro argentino.
Aos 52, Taremi recebeu cartão amarelo e pouco depois foi expulso num lance infantil, por chutar a bola com o jogo parado.
Com a vantagem numérica, a Juve aumentou a pressão, e pouco demorou para virar o marcador. Aos 63, Cuadrado cruzou da direita, e Chiesa apareceu no meio da defesa portuguesa para cabecear. A bola ainda tocou em Marchesín, mas acabou no fundo das redes.
Os anfitriões seguiram no ataque, mas em muitas ações esbarravam na grande atuação de Pepe.
Aos 90, a Velha Senhora teve um gol anulado, num impedimento marcado na finalização de Morata. Além disso, já nos acréscimos, Cristiano Ronaldo (90+5) não conseguiu completar uma bola que em outro dia mais inspirado teria destino certo.
Com o 2 a 1 no placar, o mesmo do confronto de ida, a decisão da vaga para as quartas seguiu para a prorrogação.
Depois de um primeiro tempo em branco, com destaque apenas para um pênalti reclamado por Cristiano Ronaldo, as emoções ficaram para a a etapa seguinte.
Foi aí que brilhou novamente a estrela de Sérgio Oliveira. O volante cobrou falta que ele mesmo sofreu, e a bola passou por entre as pernas de Cristiano Ronaldo para acabar no canto direito defendido por Szczesny (10 minutos do segundo tempo da prorrogação).
Esse gol garantia a classificação portuguesa, mas os italianos não queriam deixar de lutar e ampliaram dois minutos depois. Em escanteio cobrado da esquerda por Bernardeschi, Rabiot subiu na área e completou de cabeça (12 minutos do segundo tempo da prorrogação).
Precisando ampliar, a Juve seguiu pressionando e o Porto se defendia como possível. E para selar em grande nível a conquista da vaga, no quarto e último minuto dos acréscimos, Marchesín fez uma defesa incrível e garantiu a classificação portuguesa.
Além dos protugueses, quem também avançou às quartas de final da Liga dos Campeões nesta terça foi o alemão Borussia Dortmund, que eliminou o espanhol Sevilla ao empatar em casa por 2 a 2 (depois do 3 a 2 no primeiro duelo).
