O presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, pediu ao Ministério Público paraguaio que acelere a investigação sobre uma suposta lavagem de dinheiro de cerca de US$ 6 milhões (R$ 30,7 milhões na cotação atual) que ele apresentou em 2017 e que estaria relacionada a uma administração anterior da entidade.

"Pedimos o Ministério Público para exercer a ação penal pública em busca da aplicação da lei penal", afirmou a Conmebol em seu site oficial. 

"A primeira denúncia criminal foi apresentada em 2017 e, nesse contexto, surgiram elementos sobre operações realizadas pelo (ex-presidente da confederação) Nicolás Leoz em relação a fundos que pertencem ao futebol sul-americano", especificou a entidade, após visita de Domínguez ao procurador-geral do Paraguai, Emiliano Rolón. 

Leoz, falecido em 2019, foi presidente da Conmebol de 1986 a 2013. 

Domínguez disse ter levado ao Ministério Público o seu apoio ao combate à lavagem de dinheiro e ratificado o compromisso da entidade no combate à corrupção. 

A Conmebol recuperou mais de US$150 milhões (R$ 769 milhões) desviados em atos de corrupção cometidos por ex-diretores, que foram descobertos após o escândalo conhecido como 'FIFAgate' em 2015, segundo dados da própria confederação. 

O dinheiro recuperado está sendo utilizado na construção de um centro comunitário no entorno de sua sede, na cidade de Luque, vizinha a Assunção. 

O local tem como objetivo desenvolver esportivamente crianças e adolescentes de setores vulneráveis. 

"A ideia é expandir a iniciativa regionalmente" em cada um dos dez países associados, segundo o presidente da Conmebol.